INTRODUÇÃO:
Pedro
andou sobre águas essa talvez tenha sido a caminhada mais inesquecível de
todas. Inesquecível não tanto pelo lugar em que aconteceu como pelo lugar sobre
o qual Pedro andou e por quem o acompanhou. Acho que foi a melhor caminhada de
toda a sua vida. A caminhada de Pedro serve de convite para todos os que, como
ele, querem dar um passo de fé e experimentar mais do poder e da presença de
Deus. Que andar sobre as águas seja metáfora para fazer, com a ajuda de Deus,
aquilo que seria impossível por meios próprios. Como isso pode acontecer? As
Escrituras apresentam um padrão muito bem delineado do que ocorre na vida de
quem quer mergulhar no mar do sobrenatural.
Pergunta de diálogo: Conte um medo que você
tem desde de criança?
1. Há sempre medo. Deus tem o hábito
inabalável de pedir às pessoas coisas que as amedrontam. Aquilo que eu acho que
sei, me faz me sentir independente de Deus .Pode ser o medo DA INADEQUAÇÃO (“Nunca tive facilidade
para falar”, DISSE MOISÉS), o medo
do fracasso (“A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os
que nela vivem”, exclamaram os homens ENVIADOS
À TERRA PROMETIDA) ou talvez até medo de Deus (“Eu sabia que o senhor é um
homem severo, que colhe onde não plantou”, alegou o servo na PARÁBOLA de Jesus). Mas de uma forma ou
de outra o medo estará presente.
Pergunta de diálogo: Quando a palavra
encorajamento é proferida qual a primeira lembrança que te vem a mente?
2. Há sempre encorajamento. Deus
promete estar presente (“O SENHOR ESTÁ
COM VOCÊ, PODEROSO GUERREIRO”, assegurou o anjo a GIDEÃO, um homem a quem com certeza ninguém jamais se referira
dessa maneira). Deus também promete dar todos os dons necessários para cumprir
sua tarefa (“Eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer”, ele afirmou ao APAVORADO MOISÉS).Se Deus chamou é
porque Ele sabia que era seguro. Ele conhecia o caminho.
Pergunta de diálogo: Conte
uma experiência marcante em que você teve certeza que Deus estava te pedido
algo?
3. Há sempre um chamado. Deus pede a uma
pessoa comum um gesto de extraordinária confiança, ou seja, sair do barco. Há sempre uma decisão às vezes, como no caso de MOISÉS E NO DE GIDEÃO, as pessoas DIZEM SIM ao chamado de Deus. Outras
vezes, como aconteceu com os DEZ ESPIAS
ASSUSTADOS, ou com o JOVEM RICO
que conversou com Jesus, DIZEM NÃO.
Mas sempre se tem de decidir. Quem diz sim ao chamado de Deus não caminha com
perfeição — não mesmo. Mas, por ter dito sim ao Senhor, aprende e cresce. Quem
diz não também é transformado. Torna-se um pouco mais duro, um pouco mais
resistente ao chamado, um pouco mais pronto a dizer não da próxima vez.
Qualquer que seja a decisão, ela sempre transforma a vida da pessoa — e o mundo
com que essa vida está em contato.
Conclusão Creio que esse padrão das Escrituras é válido
ainda hoje. Creio haver aspectos de nossa vida em que Deus nos chama para
caminhar com ele e para ele. E que, ao dizermos sim a seu chamado, é acionada
uma dinâmica divina muito superior à capacidade humana. Quando eu digo sim jogo
por terra toda “capacidade humana” fico na dependência do Senhor. Talvez se
relacione com nosso trabalho, ou com alguma coisa que coloque em risco nossos
relacionamentos, ou com um dom que poderíamos desenvolver, ou com recursos que
poderíamos oferecer. É provável que implique enfrentar nossos piores medos.
Quando entregamos nossos problemas a Jesus, nos aproximamos dEle e nosso medo é
vencido. O perfeito amor lança fora todo o medo, pois como diz as
Escrituras: “No amor
não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem
consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.” (I João
4:18) O perfeito amor, que vem da comunhão com Jesus, lança fora todo medo em
nossas vidas. O medo paralisa as pessoas, mas em contrapartida, a fé em Jesus
nos faz agir, nos faz mudar de atitude.
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